A “morte” do mais pequeno todo terreno que o mercado oferece foi amplamente anunciada nos últimos dias. A propósito, Donald Trump diria que se trata de “fake news”. Neste caso, teria toda a razão: a Suzuki acabou de desmentir, em comunicado, que o modelo vá ser retirado do mercado europeu. E segundo a Todo Terreno conseguiu apurar junto da marca, para Portugal ainda virão algumas dezenas de unidades, este ano. A conclusão é que, afinal o Suzuki Jimny não vai desaparecer!
Na verdade, nada mudou quanto ao novo Jimny, desde que foi apresentado, ainda no final de 2018. Porque então já se adivinhava que a elevada média de emissões deste modelo, iria causar constrangimentos na Europa. Recordamos que o Jimny anuncia uma média de 178 g/CO2-Km, medidos de acordo com o padrão WLTP. Como as regras europeias consideram a média de todas as unidades vendidas, dispor de um modelo com emissões tão elevadas como o Jimny, implicava grandes limitações. Ou seja, a venda de cada Jimny teria de ser compensada com a venda de um enorme número de outras unidades com emissões mais reduzidas que o valor mínimo. E ao descer de 120 para 95 gCO2/Km este valor mínimo, este rácio torna-se ainda mais reduzido.
Ainda vão chegar mais cerca de 30 unidades a Portugal!
Contactada pela Todo Terreno, Ana Guerreiro, a responsável para Suzuki em Portugal, confirmou, precisamente, que “o modelo não vai desaparecer do nosso mercado”. Segundo nos adiantou, às 58 unidades entregues o ano passado, ainda vão somar-se mais cerca de três dezenas este ano!” Estes carros, irão chegando a Portugal até meio do ano e são suficientes para “ir ao encontro de todas as encomendas firmes que a rede de concessionários dispõe”. Todavia, já não será possível satisfazer mais encomendas, pois este número esgota a “quota”, se é que podemos chamar-lhe isso, atribuída a Portugal.
Entretanto, no final desde ano será apresentada uma versão comercial, de dois lugares, “que começará a ser produzida no último trimestre”, confirmou Ana Guerreiro. Neste caso, mesmo sem alterações no motor, o Jimny poderá ser comercializado sem afectar a restante gama da Suzuki. Tudo porque, no que toca às emissões, há regras diferenciadas para os modelos de passageiros e para os comerciais.
Versão de dois lugares apresentada no fim do ano
A responsável pela representação nacional da Suzuki estima que “as primeiras unidades de dois lugares talvez cheguem a Portugal mesmo em cima do fim do ano”. Mas, por enquanto, “não se sabe nem o preço, nem quando abriremos as encomendas!” Pela nossa parte, arriscamos que a versão comercial seja vendida por um preço abaixo do actual. E Ana Guerreiro, pelo seu lado, está convicta que “mesmo com apenas dois lugares, o modelo despertará o mesmo interesse. Ninguém compra o Jimny a pensar no espaço atrás, pois quando usado com quatro lugares, não há lugar para bagagens. Daí acreditar que o modelo terá ainda mais sucesso, até porque já não deveremos ter as restrições iniciais de escassez de unidades”. Na fase de lançamento, “até Agosto do ano passado, estivemos limitados no abastecimento deste modelo. Depois disso o fornecimento foi condicionado pela questão das emissões e do equilíbrio da média que a procura procurou salvaguardar. O modelo de dois lugares, por estar enquadrado noutra categoria, com regras diversas, não nos deverá colocar estas dificuldades”, garante Ana Guerreiro.
O modelo com dois lugares torna-se ainda mais convidativo a uma utilização lúdica. Sobretudo porque o espaço dos lugares dianteiros é bem mais agradável do que se possa imaginar. E o volume que fica disponível para bagagens, atrás, é perfeito para o equipamento de um par de aventureiros! Vamos, pois, esperar pelo final do ano…
Texto: Alexandre Correia Fotos: Suzuki/D.R.