Durante três anos, percorremos mais de 50 milhares de quilómetros a vasculhar todos os recantos do curso dos maiores rios que atravessam Portugal. O Tejo, o Guadiana e o Douro. As Rotas TT Dacia Duster já estão traçadas. E agora somente falta rever os “road-books” das etapas fora da estrada…
Este foi um daqueles projectos que gostávamos que tivesse sido interminável. Porque não imaginam o enorme prazer que é passar a vida a passear de um lado para o outro. E a descobrir lugares fantásticos. Sempre sem sair de Portugal! Lugares, sublinhe-se, onde ao longo de três anos de regulares visitas, que não foram nunca “de médico”, raramente encontrámos algum turista. Esperamos que a publicação destas Rotas TT Dacia Duster contribuam para inverter esta conclusão.
Por incrível que pareça, o primeiro dos rios que percorremos, o Tejo, é praticamente um deserto. Não propriamente porque cada vez tem menos água. Simplesmente porque não há ninguém. As aldeias ribeirinhas são escassas e quase todas praticamente sem gente. Numa delas, conversámos inúmeras vezes com o mais jovem: um homem de 55 anos que ainda se lembra quando os amigos que partiram mandavam os filhos nas férias. Agora, contou-nos, são os avós que partem nas férias, para tomar conta dos miúdos na cidade. Porque os miúdos não gostam de “ir à terra”.
Mas nós o que gostamos mais é de ir “à terra”. A todas as terras. E do Tejo prosseguimos rumo ao sul. E só parámos em Vila Real de Santo António, quando avistámos a foz do rio Guadiana. O Tejo foi acompanhado desde Alcântara, ainda em Espanha, até Alcochete, às portas de Lisboa. Já Guadiana, fomos de Elvas até ao encontro com o Atlântico, no extremo do Algarve.
Depois inflectimos o rumo e subimos do extremo do Algarve até Trás-os-Montes. Para ir ao encontro do Douro Internacional em Freixo de Espada à Cinta. É nesta vila, que reivindica ser “a mais manuelina de Portugal”, que estão os limites do Douro vinhateiro.
E as Rotas Todo Terreno Dacia Duster no Douro incidiram apenas na área da Região Demarcada do Douro. Partimos do Douro Superior até ao Cima Corgo, para terminarmos em Peso da Régua, na sub-região do Baixo Corgo. As nove rotas traçadas do Douro foram as últimas a ser percorridas.
Ainda temos na memória cada curva da estrada, desde Lisboa até “lá acima”. Tantas foram as viagens de um lado para o outro. Viagens maravilhosas, diga-se de passagem. Agora, o que falta mesmo é rever os “road-books”. Porque os percursos de automóvel, esses estão já todos publicados. Foram saindo semanalmente na revista Autofoco, e estão igualmente disponíveis nos blogues da Renault Portugal: por exemplo, aqui…
Depois dos nossos parceiros nesta aventura terem já dado a conhecer uma boa parte do trabalho, reservamos para os leitores da Todo Terreno os itinerários mais exclusivos: os que nos levam fora da estrada. Fiquem atentos, que não vamos deixar de dar novidades…
Texto: Alexandre Correia
Fotos: AC/TT