Era suposto que a prova inaugural da Taça da Europa FIA de Bajas tivesse terminado ao fim da manhã do último domingo, mas apenas a corrida foi concluída. Para que se possa encerrar a prova, que também pontua para o CPTT AM|48, falta publicar os resultados oficiais, que ainda não são conhecidos. Este pesadelo na Baja Dehesa Extremadura foi uma triste surpresa…
Já estamos na quarta-feira. Passaram-se três dias sobre a data prevista para terminar a Baja Dehesa Extremadura, cujo percurso foi concluído no final da manhã do último domingo. Mas, por mais incrível que pareça, a prova ainda prossegue, não no terreno, é claro, mas sim nos bastidores da organização, em Badajoz.
Para os responsáveis pelo Motor Club Villafranca o pesadelo na Baja Dehesa Extremadura “deve-se a uma falha da empresa que assegura toda a cronometragem, postos de controlo e processamento dos resultados”. Trata-se da empresa espanhola Fotomotor, “que é recomendada pela própria Real Federação Espanhola de Automobilismo”. Conforme revelou à revista Todo Terreno um dos dirigentes do MCV, Alberto Pecero, “o nosso fornecedor está ainda a procurar resolver um problema que impede confirmar os resultados, pois desconfigurou-se um programa informático”. Segundo conseguimos apurar, “os dados da cronometragem não se perderam”, mas o problema que impede a saída das classificações “tem a ver com a introdução das penalizações” – e sabemos que são imensas!
As falhas nos postos de controlo foram evidentes ao longo da prova, embora então estivéssemos longe de imaginar este pesadelo na Baja Dehesa Extremadura. “Domingo, na direcção da prova, viveram-se momentos desesperantes”, confessa Alberto Pecero, que nos adianta estarem a ser feitos todos os esforços “para que até final desta quarta-feira possamos, por fim, publicar as classificações”. Até lá, mesmo que acreditemos que sim, não podemos sequer falar da impressionante vitória de Tiago Reis e Valter Cardoso, que tiveram um desempenho dominante e sempre em crescendo nas pistas da Extremadura. Aguardemos, pois, com serenidade, que é coisa que os organizadores desta prova, infelizmente, não têm desde que fecharam as inscrições e entenderam que tinham demasiados concorrentes…
Texto: Alexandre Correia Fotos: AIFA/Jorge Cunha
2 comentários
Se fosse só este o pesadelo…
Desde o início, até nas VT os Comissários Espanhóis tiveram sempre os concorrentes portugueses sob pressão, enquanto os outros tiveram critérios de facilitismo que lhes permitiram alinhar numa prova Europeia, mas também a contar para o Campeonato Português e Espanhol.
Erros crassos organizativos, muitas vezes tapados por uma mão cheia de comissários e dirigentes portugueses, que mesmo assim não foram os filtros necessários para que o “desnorte” fosse total, evidenciando falta de capacidade organizativa em todos os campos. Exemplos; Atraso na publicação do regulamento (foi na véspera da prova); Listas de Admitidos à Partida, e horas de partida, que ainda incluiam equipas que nem sequer tinham feito as Verificações Administrativas; Erros constantes nos tempos e classificações, uma fobia imensa na atribuição de penalizações, mas muitos houve que mesmo penalizando – por vezes quase meia hora – não lhes foi aplicada qualquer penalização; De sábado para domingo, a ordem de partida, foi publicada às 3h11 da manhã; constantes erros nas zonas neutralizadas, com pilotos e equipas a partirem sem nexo e ordem, enfim, para mim a pior prova do CPTT dos últimos 20 anos. Cabe à FPAK, que tanto exige dos organizadores nacionais, fazer com que os diversos pesadelos que ocorreram no fim de semana, não se repitam. Resta-nos a felicidade de ter assistido a uma prova de força e competitvidade das equipas portuguesas, que arrazaram a classificação final, abrilhantando uma prova, que não merece ser do CPTT.
Caro Luís,
Digamos que foi um pesadelo imenso, que ainda não terminou. Com muita pena nossa, pois reconhecemos o potencial e interesse desta prova, no âmbito dos portugueses. Mas depois do que aconteceu, também nós temos dúvidas em como o pesadelo evolua para um sonho…
Com um abraço,
Alexandre Correia