Em final de vindimas, a Baja T.T. Capital dos Vinhos de Portugal resultou numa ‘colheita especial’ para Tiago Reis e Valter Cardoso. Esta dupla conquistou a segunda vitória absoluta em três provas, reforçando a liderança do CPTT|AM48 de tal modo que se pode desde já dizer que são, de longe, os mais fortes candidatos ao título de campeões nesta temporada nacional! Mas ainda restam cumprir duas provas e os resultados da próxima, a nova Baja T.T. do Oeste, é que poderão ser determinantes. Ou não?
Chegar a meio da época com 28 pontos de vantagem, tantos quantos são conferidos por uma vitória absoluta e o triunfo num prólogo, não é suficiente para que possamos considerar que o campeonato está resolvido. De forma alguma! Ainda estão em jogo os 50 pontos de duas vitórias, que podem ser convertidos em mais alguns, atendendo a que a vitória num prólogo rende três pontos adicionais, o segundo lugar oferece dois e o terceiro posto dá um ponto extra de benefício, tanto quanto a vitória num sector selectivo. Imaginando que nas próximas duas provas haverá um piloto a conseguir o pleno de sucesso, somará mais 60 pontos. E se os adversários mais directos tiverem a falta de sorte que, por exemplo, tem acompanhado este ano João Ramos e Filipe Palmeiro, não voltando sequer a marcar um ponto, basta fazer as contas para percebermos que ainda há seis pilotos que podem chegar ao título…
Mas se atendermos ao modo como Tiago Reis e Valter Cardoso dominaram a terceira prova do CPTT|AM48, onde em 350 quilómetros cronometrados somente não foram os mais rápidos nos primeiros cinco, adiantando-se depois a todos os adversários com uma superioridade rara, o favoritismo na corrida ao título absoluto é perfeitamente sustentado.
Salvo os cinco quilómetros do prólogo, onde a vitória foi assegurada pela Toyota Hilux de João Ramos e Filipe Palmeiro, que ganharam por escassos nove centésimos de segundo, a Toyota Hilux de Tiago Reis e Valter Cardoso andou sempre à frente da prova organizada pela Secção de Motorismo da Sociedade Artística Reguenguense. E embora se tenham destacado imenso no primeiro dos três sectores selectivos, conseguindo mais de cinco minutos e meio de vantagem sobre o Mini John Cooper Works Rally de Alejandro Martins e José Marques, nem por isso deixaram de andar sempre no máximo, vencendo os restantes troços sempre por larga margem. Daí que à chegada a Reguengos de Monsaraz, a Toyota Hilux dos campeões de 2019 tivesse terminado com quase uma dúzia de minutos de avanço sobre o Mini de Alejandro Martins, fazendo desta vitória uma ‘colheita especial’…
Seis segundos de diferença em dois troços de 144 km
Com a realização da Baja T.T. Capital dos Vinhos de Portugal, o campeonato português já devia ir na quarta de sete provas previstas para a temporada de 2021, mas o ‘processo COVID-19’ levou o ACP Motorsport a cancelar o ‘BP Ultimate Portugal Cross Country Rally’, uma nova prova que não se chegou a estrear e que, provavelmente, jamais se realizará como tal: integrava o calendário da Taça do Mundo FIA de Ralis Todo Terreno, além, obviamente, de integrar o CPTT|AM48 2021, de que seria a terceira prova. Em 2022, ao que tudo indica, o novo o Campeonato do Mundo de Ralis Todo Terreno contemplará apenas uma prova na Europa e esse privilégio parece garantido pelo Rali da Andaluzia, pelo que este rali do ACP Motorsport terá ‘morrido’ antes mesmo de ‘nascer’.
Assim, coube à Secção de Motorismo da S.A.R. levar à região de Reguengos de Monsaraz aquela que, de facto, foi a terceira competição do CPTT|AM48, apresentando um traçado renovado a uma lista pouco mais de quatro dezenas de automóveis inscritos. O prólogo, reduzido a cinco quilómetros, não foi senão uma ligeira variante do troço que nos anos anteriores abriu a prova. E os três sectores selectivos foram, na verdade, duas passagens pelo mesmo itinerário de 144 quilómetros – o primeiro e o último – enquanto o segundo troço constituiu uma versão encurtada deste, percorrendo-se somente os 56,9 quilómetros iniciais.
Embora troço após troço os concorrentes fossem encontrando o piso alterado pelas passagens anteriores – e convém sublinhar que além dos automóveis, também por lá passaram as motos, os SSV e os quads – esta constante repetição não deixou de resultar num treino. E Tiago Reis e Valter Cardoso aproveitaram bastante bem esta oportunidade, melhorando na parte inicial de cada troço, para depois irem gerindo o avanço, sem nunca recuarem; ou quase, como ficou demonstrado pela diferença de apenas seis segundos registada entre a primeira e a segunda passagem pelo troço mais extenso.
Na comparação de tempos entre cada troço, não encontramos semelhante regularidade. De modo geral, todos os concorrentes conseguiram baixar até um par de minutos entre as duas passagens pelo mesmo percurso. Mas mais ninguém conseguiu aproximar-se da marca registada pelos vencedores, que também por isso conseguiram uma colheita especial nesta Baja T.T. Capital dos Vinhos de Portugal. Ou melhor, um colheita de excelência!
João Ramos: primeiro comandante renunciou cedo
Primeiros comandantes, graças à vitória no prólogo, João Ramos e Filipe Palmeiro foram os únicos a conseguir acompanhar o andamento de Tiago Reis e Valter Cardoso, que já seguiam à frente no primeiro controlo de passagem do sector selectivo de abertura. Então, após 45 quilómetros, a diferença entre os dois primeiros era insignificante, mas no segundo controlo, 32 quilómetros mais adiante, esses três segundos já se tinham multiplicado por 15, evidenciando que a Toyota Hilux de Tiago Reis começava a destacar-se da de João Ramos. Mas a ‘Dama Negra’, como o próprio João Ramos designa a sua Hilux preta, não chegaria a completar a segunda metade do sector selectivo: problemas ao nível da caixa de velocidades obrigaram a mais uma desistência:
‘É um ano não!’ – considera João Ramos, que nos adiantou: ‘Existe mesmo a sorte e o azar. O Tiago Reis teve a sorte de partir o motor na véspera da prova”, e ainda o pôde trocar sem comprometer a presença em Reguengos de Monsaraz, ‘e eu o azar de partir o garfo da caixa de velocidades em prova…’
O final prematuro do duelo entre as duas Toyota Hilux Overdrive deixou imediatamente Tiago Reis numa situação confortável, pois com apenas os primeiros 111 quilómetros percorridos já contava com quatro minutos e 40 segundos de vantagem sobre o adversário mais directo. E daqui em diante, o segundo posto foi totalmente monopolizado por Alejandro Martins e José Marques, que até ao final do primeiro sector selectivo ainda viriam a perder mais um minuto para os comandantes. Um intervalo de cinco minutos e 44 segundos em apenas 144 quilómetros, facilmente se justificava com a paragem para trocar uma roda, naqueles casos em que a mudança é complicada; ou até podiam ter sido dois furos, trocados com rapidez. Mas nada disso aconteceu: simplesmente os andamentos foram diferentes.
Já no segundo sector selectivo, com apenas 56,9 quilómetros, Alejandro Martins perderia mais dois minutos e 45 segundos para Tiago Reis, mas desta feita o Mini John Cooper Works Rally foi afectado por inúmeros problemas que condicionaram o andamento, implicando mesmo algumas paragens. Todavia, este atraso não impediu Alejandro Martins de manter o segundo posto absoluto após a primeira etapa, que terminou já a oito minutos e 39 segundos da Toyota de Tiago Reis, mas com somente 39 segundos de vantagem sobre o Mini JCW Rally de Luís Recuenco e Sérgio Peinado.
Terceira posição decidida mesmo sobre a chegada…
A expectativa de um duelo entre os dois Mini construídos na X-Raid era um motivo de especial interesse para a segunda etapa, tanto mais que para Luís Recuenco seria importante um novo segundo lugar em Reguengos de Monsaraz, que não só manteria no segundo posto do campeonato português, onde está inscrito, como também se manteria na discussão da Taça Ibérica de T.T.. Contudo, o piloto espanhol não foi longe no último sector selectivo, pois problemas com os travões do Mini ditaram o seu abandono.
A cerca de 30 quilómetros do final, as Ford Ranger das duplas Nuno Madeira/Filipe Serra e André Amaral/Nelson Ramos ocupavam a terceira e quarta posições separadas por pouco mais de um minuto. Contudo, as coisas não voltaram a correr bem para Nuno Madeira, que se atrasaria já no final, acabando por ser ultrapassado por Amaral, que ainda o bateu por um par de minutos.
Por ironia, quem herdou o terceiro lugar foi exactamente o adversário mais directo de Luís Recuenco: o minhoto André Amaral, que acompanhado pelo algarvio Nelson Ramos, já tinham sido terceiros na prova anterior, pelo que ao somarem mais 27 pontos, adiantaram-se determinantemente na liderança da Taça Ibérica de Todo Terreno. Mas a decisão final ainda não foi tomada…
Taça Ibérica de Todo Terreno permanece em aberto
Quando falta apenas uma prova para a época encerrar, André Amaral soma 84 pontos, mais 30 que Francisco Barreto, o piloto que ascendeu ao segundo lugar graças ao oitavo lugar em Reguengos de Monsaraz, e mais 34 que Edgar Condenso, que passou a ser o terceiro classificado – ao acrescentar os 21 pontos que o sexto posto na prova alentejana lhe conferiram. Edgar Condenso ainda pode garantir a vitória na Taça Ibérica, pois se vencer a Baja T.T. de Cuenca, que se realizará de 22 a 24 de Outubro, sem que André Amaral pontue, ultrapassará o seu adversário por um ponto.
Quanto a Francisco Barreto – e considerando que Amaral não pontuaria – seria ele o vencedor da Taça Ibérica se ganhasse em termos absolutos a prova de Cuenca, pois bateria André Amaral por cinco pontos. Mas se Barreto ficasse em segundo, igualaria os 84 pontos de Amaral, que ganharia por ter um melhor conjunto de resultados. Mas como a Baja T.T. de Cuenca se realiza apenas uns dias antes da Baja Portalegre 500, não acreditamos que nenhum destes pilotos esteja disponível para ir a Espanha e arriscar não participar na mais importante prova do calendário português.
Também Edgar Reis teve uma colheita especial…
Alheio às questões da Taça da Ibérica de T.T., Edgar Reis e Filipe Martins tiveram em Reguengos de Monsaraz um desempenho acima da média: asseguraram o quinto posto absoluto, depois de uma prova sempre a subir na classificação. Começaram por obter o 12º posto, no prólogo, para depois irem ascendendo gradualmente, até se fixarem no quinto lugar logo ao início da etapa final. E é caso para dizermos que Edgar Reis só saiu a ganhar com a troca do ‘velho’ Mitsubishi Pajero que conduziu até ao ano passado, pelo Mitsubishi Racing Lancer que era utilizado pelo seu irmão Tiago. E ambos foram a Reguengos de Monsaraz para recolherem uma colheita especial na Baja T.T. Capital dos Vinhos de Portugal!
Sextos classificados à chegada, a mais de seis minutos da equipa que os antecedeu, Edgar Condenso e António Serrão viveram na prova alentejana momentos muito fortes, ora de alegria, ora de tensão, ora até de crescente expectativa. Ao quarto posto no prólogo, seguiu-se a desilusão no primeiro sector selectivo, onde o motor da Ford Ranger Proto acusou problemas de alimentação, impedindo o piloto de manter o andamento que estava a adoptar. O atrasou custou 14 posições, mas assim que o problema ficou resolvido, imediatamente começaram a recuperar e no final da primeira etapa já estavam no 12º lugar.
Assim que se iniciaram os 144 quilómetros do último sector, Edgar Condenso e António Serrão partiram determinados em recuperar bastante mais. E o registo nos sucessivos controlos de passagem demonstrou que estiveram constantemente entre os mais rápidos. Aliás, entre os três mais rápidos, pois somente não conseguiram alcançar o Mini de Alejandro Martins e a Toyota Hilux de Tiago Reis.
Gradualmente, a Ford Ranger Proto de Condenso foi subindo na classificação, para já na fase final conquistarem o sexto lugar absoluto, batendo por apenas 46 segundos o ‘buggy’ de David Spranger e Paulo Fiuza. Esta dupla, por sua vez, impôs-se entre os concorrentes do grupo T3, obtendo a vitória por larga margem sobre Filipe Nascimento e Paulo Torres: mais de 26 minutos em 350 quilómetros.
Apesar de impressionante vantagem final de Spranger e Fiuza, Tiago Guerreiro e Pedro Santos foram quase sempre os mais rápidos. No entanto, um problema quase no final do primeiro sector selectivo, quando lideravam com quase três minutos de avanço, não os deixou sequer alinhar no segundo sector, regressando à prova apenas no último dia, para andarem sempre à frente. Mas para ganhar, David Spranger e Paulo Fiuza precisavam apenas de cumprir o percurso, sem correr riscos, tal a vantagem que já dispunham ao arrancarem para o último troço cronometrado.
Sétimos absolutos, David Spranger e Paulo Fiuza deixaram o jovem algarvio Francisco Barreto a mais de três minutos na prova em que este piloto se estreou a conduzir a antiga pick-up Ford Ranger de André Amaral. Novamente acompanhado pelo veterano Carlos Silva, Barreto empenhou-se em cumprir a prova como se fosse um longo estágio de preparação e não se saiu mal. Chegou a estar posicionado no sétimo lugar, mas não resistiu, precisamente, ao avanço não de Spranger, mas sim de Edgar Condenso, que ultrapassou ambos na classificação já nos quilómetros finais.
Sem concorrência no grupo T4, Filipe Carvalho e Fábio Belo claro que sairam vencedores, mas bem mais importante que isso foi a forma como conquistaram o nono lugar da classificação geral, depois de ter arrancado do 21º lugar. Ao terminarem a primeira etapa, o Bombardier desta dupla já tinha ascendido ao 12º posto e na última etapa rapidamente subiram mais três posições, concluindo a prova em nonos, com quase o mesmo atraso face à Ford de Francisco Barreto, como de vantagem sobre a Nissan Pick-up Proto de Luís Dias e Pedro Cunha Rêgo.
A veterania de Luis Dias ainda marca pontos!
Luís Dias é, provavelmente, o decano dos pilotos de todo terreno que permanecem em actividade. E é admirável que após mais de três décadas a correr, ainda consiga posicionar-se entre os dez mais rápidos. E sempre a conduzir uma viatura totalmente concebida e preparada por si mesmo!
Desta feita, Luís Dias somente chegou ao ‘top-ten’ nos últimos quilómetros, batendo o Porsche Cayenne Proto de Michael Braun e Ivo Santos quando faltavam menos de três dezenas de quilómetros para a chegada. E o incrível é que até ao controlo final o Cayenne de Braun não seria apenas ultrapassado pela Nissan Pick-up Proto de Luís Dias, pois também seria batido pelo Mini Cooper D Protótipo de César e Tânia Sequeira. Uns e outros tiveram as suas compensações: Braun e Santos conseguiram, apesar de tudo, garantir a vitória no grupo T8. Aliás, a segunda vitória em três provas, marcando 27 pontos preciosos, que lhes permitiu ascender à liderança do campeonato T8, ultrapassando por apenas dois pontos o campeão em título, José Mendes.
Assinale-se que a primazia do grupo T8 foi extraordinariamente discutida no decurso desta Baja T.T. Capital dos Vinhos de Portugal. Michael Braun e Ivo Santos foram os primeiros líderes, ao vencerem o prólogo, mas no primeiro sector selectivo a liderança foi passando sucessivamente pelas Nissan Navara de Johannes Senders e Luís Bento, depois pela de Henrique Lourenço e Ricardo Sobral, a que se seguiu ainda o BMW X5 de Ricardo Nascimento e Jorge Fernandes. Estes não resistiram à recuperação de Braun no sector final, mas asseguraram o segundo posto do grupo T8 sem grandes dificuldades, contando à chegada com 10 minutos e meio de avanço sobre a Mitsubishi L200 de José Mendes e Jorge Baptista, que foram subindo gradualmente na classificação, até se fixarem em terceiros desta categoria…
Quanto a César e Tânia Sequeira, que na primeira metade da prova ocuparam o quarto posto absoluto, depois dos problemas que os atrasaram substancialmente no começo do derradeiro sector selectivo, terem recuperado até ao 11º lugar implicou suar imenso e, claro, voltar a andar depressa, muito depressa.
Domínio total de Fernando Barreiros no grupo T2…
Impressionante foi o domínio total exercido por Fernando Barreiros e Sérgio Cerveira na grupo T2: a Isuzu D-Max desta dupla esteve sempre na liderança, desde o prólogo ao último sector selectivo. Secundados pela outra Isuzu da Prolama, a que é conduzida por Georgino Pedroso – que teve ao seu lado Nuno Barreiros – os vencedores só não foram os mais rápidos nos 144 quilómetros do último sector selectivo, onde a primazia coube a Simão Comenda e Luís Dias; contudo, a Nissan Pick-up D21 destes foi a última classificada, entre os cinco participantes neste grupo…
E Georgino Pedroso é o primeiro campeão de 2021!
Como Fernando Barreiros não está inscrito no Campeonato de Portugal de Todo Terreno | AM48, os pontos da vitória foram atribuídos a Georgino Pedroso, que soma já quase quatro vezes mais pontos que Joel Marrazes, o segundo classificado: tem 81 pontos, contra 22 do seu adversário mais próximo. Como restam apenas duas provas, permanecem em jogo 50 pontos – 25 por cada vitória – sem contar os pontos adicionais do triunfo no prólogo e em sectores selectivos, que no caso de dois plenos, oferecerão 28 pontos por duas vezes.
Ora mesmo que Joel Marrazes consiga esse duplo domínio nas próximas provas e some mais 56 pontos, somaria um total de 78 pontos, mas ainda teria de descontar os dois pontos do seu pior resultado, pois o regulamento estipula que sejam contabilizadas somente as quatro melhores classificações. E a soma final seria de 76 pontos, menos cinco que aqueles que Georgino Pedroso já soma. O que faz deste o primeiro piloto a conquistar um título de todo terreno nesta época. E pode mesmo dispensar as duas últimas provas, pois haja o que houver, este campeonato de T2 está atribuído. Com todo o mérito, aliás, recompensando Georgino e a Prolama pelo inesperado desfecho da época anterior, em que perderam o título de uma forma tão inesperada quanto absurda, ao minimizaram-se os pontos conferidos pela participação na Baja Portalegre 500.
Cesário Santos vence na ‘Taça de Portugal’
Não nos podemos esquecer dos concorrentes à Taça de Portugal em Todo Terreno. Em Reguengos de Monsaraz foram cinco os participantes nesta corrida paralela e a Nissan Pick-up de Cesário Santos e Alexandre Gomes esteve sempre na frente, garantindo uma vitória que projecta o piloto para a liderança da Taça de Portugal. O anterior líder, José Maia, também numa Nissan Pick-up, perseguiu de perto o carro de Cesário Santos, na parte inicial, mas viria a conhecer problemas que não só o condicionaram no sector final, que o levaram a descer do segundo para o último posto. Pior do que isso: a menos de uma trintena de quilómetros da chegada a Nissan deixou, definitivamente, de estar em condições de prosseguir. E a desistência foi especialmente dura para o piloto da Chamusca.
Quase no final desistiu também o Toyota Land Cruiser de Alexandre Ferreira e Sérgio Silva, que eram os segundo classificados, contando com perto de dois minutos de vantagem sobre a Nissan Pick-up de Micael Cassiano e Rodrigo Fernandes. Afinal, foram estes que herdaram o segundo posto, completando-se o pódio com mais uma Nissan Pick-up: a de Carlos Macedo e José Martins.
Texto: Alexandre Correia Fotos:AIFA/A.C.