Nos primeiros dois dias de passeio, os participantes no ‘Portugal Norte-Sul’ 2021 já cumpriram quase 600 quilómetros, mas para que esta Maratona Land Rover se conclua, ainda faltam mais 318 quilómetros. É esta a distância da última etapa, que esta segunda-feira ligará Estremoz a Santa Catarina da Fonte do Bispo, nos arredores de Tavira. Até lá, uma sucessão de caminhos rolantes e paisagens desafogadas esperam pela caravana, prometendo um final grandioso!
Pela terceira vez, o Clube Land Rover de Portugal está a atravessar o país de norte a sul, naquele que é o seu maior passeio anual. E se nas edições anteriores o arranque ocorreu em Trás-os-Montes, desta vez o ponto de encontro para a partida foi no coração das ‘Terras de Basto’, mesmo à beira do rio Tâmega, mas à sombra do Marão.
A partida de Celorico de Basto, sábado, bem cedo, começando desde logo por atravessar o Marão, antes do percurso cruzar o rio Douro e seguir ao longo das suas encostas, numa breve incursão entre os vinhedos de uma das mais famosas regiões vinícolas do mundo. Bastante extensa, com 317 quilómetros, a primeira etapa foi sobretudo dura, ficando marcada quer pelos traçados mais exigentes, quer ainda por condições atmosféricas a lembrar mais o Inverno que o Outono que acabou de entrar.
Do Alto Tâmega ao Alentejo em duas longas etapas
Miranda do Corvo, o ponto final da primeira etapa, pareceu bem mais distante, tal a demora em chegar. Mas o percurso foi recompensador, deixando na memória belas imagens, nomeadamente da extensa travessia de algumas das serras mais imponentes do ‘maciço central’, desde Montemuro ao Caramulo.
Já neste domingo, a maratona Land Rover desceu das beiras até ao Alto Alentejo, através de um itinerário que deslumbrou particularmente pela passagem na famosa ‘Ponte Filipina’, que cruza o Zêzere nos arredores de Pedrógão, mas igualmente pela transição das florestas do centro, onde os pinhais rivalizam com os eucaliptais, para dar lugar à floresta alentejana. E aqui, no norte do Alentejo, os sobreiros e azinheiras ainda continuam a disputar as colinas…
Em terras de Mação, a caravana despediu-se dos cenários de floresta mais densa, como é normal nos eucaliptais, para atravessar o Tejo sobre o paredão da barragem de Ortiga-Belver e começar a orientar-se nos ambientes típicos alentejanos. A partir daqui, os caminhos foram-se tornando gradualmente mais rolantes e fáceis de percorrer. O que permitiu que a generalidade dos participantes conseguisse alcançar Estremoz ainda sem ter de acender as luzes dos seus Land Rover. O que não é muito habitual neste Passeio Portugal Norte-Sul.
E o que falta cumprir até final desta maratona Land Rover?
Trepar a serra D’Ossa, entre Estremoz e Redondo, será o ‘aperitivo’ para o arranque da última jornada desta grande maratona Land Rover. No final, há que descer a serra do Caldeirão, para onde o percurso se orientará após a passagem pela vila de Ourique. Mas antes disso, ainda será atravessado o Alentejo que se espreguiça pelas margens do grande lago de Alqueva, confrontando os olhos com uma nova realidade, cada vez mais dominante: onde há poucos anos víamos campos de searas que o sol tornava douradas, hoje vemos essencialmente uma mancha verde imensa, dos olivais intensivos, bem como amendoais também a perder de vista.
Para um grande final, o Clube Land Rover de Portugal escolheu um pequeno ‘paraíso’ escondido no pequeno lugar do Marco, a dois passos de Santa Catarina da Fonte do Bispo. Trata-se do Hotel Rural Quinta do Marco, onde a caravana será acolhida para a última noite e, claro, o ‘banquete’ de encerramento. Não vamos revelar a ementa, mas já a conhecemos bem e merece um jejum prévio, para não perdermos nada do que vai chegar à mesa!
Texto: Alexandre Correia Fotos: Frederico Gomes, Arlindo Duarte e António Cruz/D.R.