Nunca tínhamos publicado tantas estórias numa só edição: são 22, ilustradas por 245 fotografias. Encontramo-las distribuídas ao longo de 132 páginas, que se lêem devagarinho, para saborear cada uma delas. Os temas não podiam ser mais diversificados, desde a apresentação do modelo mais aguardado dos últimos anos, à crónica do recordista de vitórias no Rali Dakar, Stéphane Peterhansel, que nos conta a sua experiência com o português Paulo Fiúza. Traçamos o perfil de três grandes aventureiros dos nossos tempos, que nos concederam entrevistas muitos especiais, analisamos ao detalhe um dos SUV mais acessíveis do mercado, o Dacia Duster, além de contarmos como está a avançar o projecto Grenadier, que dentro de um ano resultará num novo T.T. de elevadas capacidades, parcialmente fabricado em Portugal. Enquanto não encomenda um exemplar para si, passamos em revista a nova Todo Terreno…
Para a capa, elegemos cinco imagens. O tema principal é o novo Land Rover Defender, aqui fotografado por Nick Dimbleby numa das pistas mais exigentes de Eastnor Castle: propriedade florestal onde há quase seis décadas que todos os novos modelos da Land Rover são ensaiados até ao limite, em todo terreno. Uma das novas regras da revista Todo Terreno é publicar logo nas primeiras páginas o trabalho que é escolhido para o destaque da capa; assim, ninguém tem de perder tempo a folhear para o encontrar. A excepção, única, é o editorial, que nesta edição é assinado por Jorge Alves Barata, um veterano do jornalismo que já no passado havia colaborado pontualmente connosco e que regressou à nossa equipa!
O sumário surge depois destas primeiras oito páginas sobre o novo Defender. E segue-se a crónica de João Lobão, leitor incondicional da Todo Terreno que é também organizador de passeios e que nos escreve sobre as memórias de infância que ainda hoje o acompanham e fizeram despertar a paixão pelo T.T..
Prosseguimos com um trabalho histórico. Literalmente: em quatro páginas, recordamos a importância do Mapa das Estradas publicado pelo Automóvel Club de Portugal há mais de um século, numa reportagem que mostra a enorme evolução da rede viária; e conclui que há 100 anos, todos os condutores eram especialistas em todo terreno, pois a maioria das estradas eram pistas de terra.
Três grandes aventureiros contam-nos as suas experiências
Também destacadas, com títulos na capa, as entrevistas a três grandes aventureiros dos nossos dias são os trabalhos que a maioria dos leitores nos tem referido serem as primeiras páginas que lêem, assim que a nova revista Todo Terreno lhes chega às mãos. E neste conjunto de entrevistas, a primeira é a que fizemos a Vasco Callixto, o mais veterano dos três. Começou a viajar, de bicicleta, ainda adolescente e desde 1951, quando comprou o primeiro automóvel, nunca mais dispensou os carros, que conduziu através de todo o mundo em sete décadas de viagens que resultaram na publicação de meia centena de livros.
Francisco Sande e Castro só precisou de sete anos para dar a Volta ao Mundo, mas fê-lo em etapas anuais consecutivas, cada qual com cerca de quatro meses de duração. E aos comandos de uma moto, uma Honda Cross Tourer. Dessa enorme expedição, já publicou um livro, em que narra o diário da viagem desde que saiu de Lisboa até alcançar Díli, em Timor-Leste. E enquanto não é publicado novo livro, com o relato da segunda metade da viagem, contou-nos em nove páginas imperdíveis o que, na verdade, não conta nos livros: a sua própria história, as suas motivações e o que estes sete anos mudaram na sua vida…
Quanto ao terceiro aventureiro que retratamos, o alemão Rainer Zietlow, é o mais “jovem” dos três, pois vai a caminho dos 50 anos. Todavia, soma já mais de uma trintena de anos a viajar e está convicto que cerca de um terço de toda a sua vida até agora foi passada a bordo de um carro, a rolar algures pelo mundo. Conhecemo-nos no cimo dos Andes, há 15 anos. E reencontrámo-nos diversas vezes em Lisboa, a última delas para esta interessante entrevista, realizada à beira do Tejo, em Belém, exactamente onde também nos encontrámos com Vasco Callixto e Francisco Sande e Castro, tendo o Padrão dos Descobrimentos com testemunha!
Já foram produzidos 10 milhões de Toyota Land Cruiser…
É, sem dúvida alguma, um modelo emblemático na história quer da indústria automóvel, quer dos veículos de todo terreno, mais em particular. O Toyota Land Cruiser nasceu em 1951 e desde então já foram produzidas mais de 10 milhões de unidades. Actualmente, o modelo que começou por ser chamado como o Jeep Toyota, é produzido em somente três fábricas, em todo o mundo. E uma delas é a unidade construída por iniciativa de Salvador Caetano em Ovar, que iniciou a produção em 1971; foi, na altura, a primeira fábrica da Toyota a abrir na Europa e a quinta implantada fora do Japão. E é a décima mais antiga.
Os Toyota Land Cruiser chegaram à linha de montagem da fábrica de Ovar em 1979 e ainda hoje são produzidas ali diversas versões do robusto LC70 pick-up, todas para exportação e com destino a um único mercado: a África do Sul e Namíbia. Contamos a história dos modelos fabricados em Portugal num interessante trabalho, que se alarga por quatro páginas, além das seis que recordam a própria história do Land Cruiser.
Segredos do Projecto Grenadier: puro T.T. dentro de um ano
E da mesma forma que o Toyota Land Cruiser é um puro todo terreno, ali ao lado da sua fábrica portuguesa, em Estarreja, a Ineos Automotive está a instalar-se para arrancar com a produção do Grenadier 4×4. Trata-se de um projecto nascido da paixão de Jim Ratcliffe, industrial bem sucedido no ramo da indústria petroquímica, que construiu aquela que é considerada hoje a terceira maior fortuna pessoal, no Reino Unido. E não lhe faltam Libras Estrelinas para investir num veiculo de puro todo terreno, que está a ser concebido e desenvolvido para reinventar o “velho” Defender da Land Rover.
Ainda que neste momento parte do trabalho de desenvolvimento esteja interrompido, devido à crise do Covid-19, os primeiros protótipos do novo modelo já estão a circular, em rigorosos testes, desde o Círculo Polar Ártico a Espanha, das montanhas da Escócia ao deserto da Arábia Saudita. E enquanto não avança para a linha de montagem, revelamos em quatro páginas os últimos segredos deste projecto.
Adventum Coupe recupera o Ranger Rover de duas portas
Para muitos foi uma surpresa. E para uma centena de afortunados, será um privilégio possuir uma das unidades que o estilista holandês Niels Van Roij está produzir do Range Rover de duas portas. O projecto chegou a ser formalmente apresentado pela Land Rover, no Salão Automóvel de Genebra, em 2017. Foram mesmo produzidos três veículos, cada qual com um interior distinto. Mas a crise financeira que tem afectado todo o grupo JaguarLandRover implicou diversos cortes e um deles foi o abandono deste modelo, para o qual já havia encomendas.
A elegância do Range Rover L405 com duas portas nem por isso deixou de seduzir interessados. E Niels Van Roij faz-lhes a vontade, produzindo nos Países Baixos uma série limitada de 100 unidades, como revelamos em pormenor, ao longo de três páginas!
Tudo sobre o Dacia Duster desde as origens da marca
O SUV com aptidões para todo terreno mais acessível do mercado é o Dacia Duster e vai já na segunda geração. Em Portugal, circulam mais de dez milhares de unidades, a maioria das quais nas diversas versões de tracção dianteira. O Duster 4×2 chega perfeitamente para se aventurar fora da estrada, como já demonstrámos em dezenas de milhares de quilómetros a traçar as Rotas Todo Terreno Dacia Duster nos Grandes Rios de Portugal. Neste Dossier Dacia Duster, ilustrado com belas fotografias de Paulo Calisto, além de referirmos em detalhe toda a gama, ensaiámos a versão 4×4, que é capaz de surpreender pela facilidade com que enfrenta mesmo os piores caminhos.
E se hoje a Dacia é uma marca em crescente popularidade por todo o mundo, as suas origens não são de todo conhecidas. As últimas quatro páginas deste Dossier Dacia Duster recordam, precisamente, como nasceu aquele que foi durante anos o construtor nacional da Roménia…
O luxo extremo ou opções acessíveis a todos?
Pelo preço de um Mercedes-Maybach GLS 600 talvez se comprem uns dez Peugeot 2008 ou Suzuki Vitara? Dizemos talvez porque se destes modelos mais populares, que já estão à venda, os preços são conhecidos, o SUV da marca de luxo extremo da Mercedes-Benz ainda não tem valor de comercialização anunciado.
Claro que a única comparação possível entre todos é o facto de nos permitirem viajar a bordo deles e até sair do asfalto. Muito embora acreditemos que serão muitos raros os clientes da marca alemão que o poderão quer fazer pois, como escreve Bernardo Gonzalez, nas seis páginas de apresentação do Mercedes-Maybach GLS 600, “este SUV King Size é um dos casos raros em que o enfoque não está apenas no condutor”: o conforto é ainda maior nos dois lugares de trás, que à frente…
Já sobre o novo Peugeot 2008, cuja segunda geração é analisada pelo jornalista André Mendes, que foi experimentar a França toda a nova gama, as primeiras impressões são muito agradáveis. Este é um daqueles modelos em que a expressão “novo” deve ser levada à letra, pois do antigo apenas herdou o nome e, claro, o conceito. É sensivelmente maior e o estilo aproxima-o, até por isso, do 3008, Mas, o melhor é mesmo ler o que escrevemos em quatro páginas dedicadas à nova gama de entrada da linha de SUVs da Peugeot.
Em contrapartida, o que leva a Suzuki a empregar a palavra “novo” para o Vitara 1.4 Mild Hybrid é mesmo esta motorização, que não estava disponível anteriormente. E ao adoptar no Vitara este novo motor a gasolina, reforçado por um sistema híbrido de 48V, a Suzuki passa a oferecer apenas modelos híbridos em todas as suas gamas. Ensaiámos a versão AllGrip, ou seja, a 4×4, numa experiência marcada por más condições atmosféricas, onde não faltou gelo no asfalto e lama nos caminhos de terra, como relatamos em seis páginas. Não tínhamos dúvidas, mas reforçámos a ideia do quanto vale a pena dispor de um 4×4, tanto mais que este é vendido por menos de 26 mil euros.
Uma pick-up de corridas vendida como veículo de série
Para os amantes das performances, Raptor é um nome mítico. Remete-nos para a exclusiva variante desportiva da pick-up Ford F-150, a gama que há décadas está no topo das vendas absolutas no mercado norte-americano. A F-150 é a mais pequena dessa gama mas, ainda assim, descomunal para o padrão europeu das dimensões, onde é a Ranger o produto adequado no segmento das pick-up.
A Ford Performance adaptou na Ranger o espírito da Raptor, mantendo-lhe o motor diesel biturbo de 213 cv, mas dotando-a de uma suspensão Fox que a torna numa pick-up de corridas, vendida como veículo de série. São oito páginas de um ensaio completo, que traduzem uma experiência bastante intensa, com largas centenas de quilómetros percorridos fora da estrada…
A experiência de Paulo Fiúza com Stéphane Peterhansel
Foi intensamente comentado, durante o Rali Dakar, que Stéphane Peterhansel se desculpava dos resultados por não entender o seu novo navegador. Nada mais falso, como Paulo Fiúza nos conta, numa grande entrevista que preenche dez páginas em que o navegador fala da amizade com o piloto francês, além de recordar a sua carreira, que já leva umas duas décadas de actividade.
Por outro lado, o próprio Stéphane Peterhansel escreveu-nos, em exclusivo, uma crónica em que explica porque escolheu a companhia de Paulo Fiúza e confirma que não se arrependeu desta opção.
E uma pick-up de série preparada para corridas…
Se mandássemos, o grupo T2 era a categoria de entrada obrigatória para quem quisesse começar a correr em todo terreno. Digamos que a categoria de iniciados. Infelizmente, são cada vez mais raros os modelos que permanecem homologados em T2. E entre as poucas opções, a mais recomendável, em Portugal, é a Isuzu D-Max, que colecciona títulos de campeã sobre títulos.
Os maiores especialistas na preparação das Isuzu D-Max são portugueses: a equipa da Prolama, que construiu já uma dezena de unidades, de acordo com as regras do grupo T2, permitindo aos seus pilotos conquistar campeonatos em países tão distintos como o Egipto, Angola, Portugal, Russia, Suécia e Bélgica. Carlos Silva, da Prolama, partilhou connosco o orçamento essencial para começar a correr com um carro destes. São quatro páginas em que explicamos como tornar o sonho de competir acessivel…
Rota Volvo XC90 com road-book para passear no Ribatejo
Mantendo a tradição, terminamos mais esta edição da revista Todo Terreno com um road-book completo. Desta vez, é a Rota Volvo XC90, a propor um passeio no Ribatejo, às volta pelo rio Sorraia. O itinerário descreve uma longa ronda entre o Couço, Mora e Coruche, cruzando o Sorraia desde o ponto em que nasce, no cruzamento das ribeiras de Sôr e da Raia…
Saiba aqui o que fazer para encomendar o seu exemplar
Nada mais simples! O preço de capa é de 9,40€ e inclui já a entrega personalizada. Para receber a nova revista Todo Terreno em sua casa, deverá ordenar uma transferência neste valor para a conta à ordem da Evasão Edições e Publicações: IBAN PT50.0033.0000.0001.4834.3546.1; envie-nos o pedido para o e-mail [email protected] juntamente com o comprovativo de pagamento, indicando nome e morada para entrega. E não se esqueça de um contacto telefónico: é indispensável para o mensageiro poder avisar o momento da entrega, caso não seja atendido. O prazo de entrega, no território continental de Portugal, pode chegar aos três dias.
Texto: Alexandre Correia Fotos: Matilde Pacheco