Sempre que sai mais uma edição, já se tornou tradição um encontro de amigos para celebrar a revista algures pelos arredores de Évora. A iniciativa partiu, desde o primeiro momento, do enólogo Nelson Rolo e do Évora Adventure Club. E como as tradições são para cumprir, fomos de novo ao encontro de um grupo muito especial de leitores da revista Todo Terreno, para celebrar esta edição ainda mais especial com um brinde de espumante na Quinta da Plansel, em Montemor-o-Novo…
Perfeito para um encontro de amigos, o espumante Alxam – palavra que em árabe quer dizer ‘nascer do sol’ – é uma das especialidades da Quinta da Plansel, nome que por sua vez representa a contracção de ‘plantas seleccionadas’, traduzindo a essência da casa estabelecida em 1982 pelo alemão Jorge Böhm junto a Montemor-o-Novo. A Quinta da Plansel nasceu como um viveiro, orientado para a vinha e para a selecção das melhores castas, sobretudo as nacionais. Dorina Lindemann, filha de Jorge, após concluir os estudos em enologia, numa universidade alemã, em 1997, juntou ao projecto a produção própria de vinhos e surpreendeu pelo pioneirismo dos primeiros espumantes feitos no Alentejo. Daí que Carlos Ramos, enólogo da casa e braço direito de Dorina, nos tenha recebido na Quinta da Plansel com um refrescante flute de Alxam, espumante bruto, de bolha fina, que alegrou o espírito deste grupo de entusiastas que veio de Évora, mas não só, mobilizado por Nelson Rolo para mais uma tertúlia consagrada a discutir as histórias que se destacam nesta edição muito especial da revista Todo Terreno.
O editor, o protagonista do tema de capa e os leitores…
Este encontro de amigos teve a particularidade de juntar o editor da revista Todo Terreno, um dos protagonistas do tema de capa e alguns leitores que nos seguem atentamente. Aliás, entre os presentes contaram-se alguns protagonistas de edições anteriores, todos eles seguidores incondicionais do nosso trabalho, como o próprio Nelson Rolo e ainda Gustavo Morais. Mas o convidado de honra desta jornada foi Pedro Villas-Boas, navegador do UMM 4×4 Cournil nº 218, o terceiro dos carros oficiais da marca nacional que participaram em 1982 no 4º Rali Paris-Alger-Dakar…
As recordações desta estreia no ‘Dakar’ estão cada vez mais frescas na memória de Pedro Villas-Boas, que a caminho dos seus 82 anos ainda permanece activo para as maiores aventuras: “Recentemente, pela primeira vez na vida, fiz um percurso em alta montanha, no Alpes”, contou, adiantando que “foram 75 quilómetros a subir a descer, num percurso bastante técnico, em altitude média…”, recordando-nos que “quando fiz 70 anos, tentei trepar aos 7000 metros, nos Andes, mas fiquei a cerca de 300 metros do pico do Acongágua, não por ter perdido a energia, mas porque as condições climatéricas se alteraram e tornou-se impossível prosseguir”. Hoje, Villas-Boas já não se vê a repetir essa experiência, mas quando falamos no Rali Dakar, os seus olhos ganham um brilho especial.
Há um ano, lançámos a Pedro Villas-Boas a ideia de regressar ao ‘Dakar’, participando na prova reservada aos clássicos com o UMM que conduziu em 1987, na última presença oficial da marca. “Ainda tentei convencer o meu sobrinho” – André Villas-Boas – “a vir comigo, como piloto, mas ele depois de pensar no assunto, adiou o regresso dele ao rali para mais tarde e para outro projecto, mais competitivo, não com um clássico, mas sim provavelmente com um SSV das categorias T3 ou T4”. Se esta dupla se tivesse juntado nesta última edição do ‘Dakar’, não temos dúvidas que teriam sido os grandes protagonistas da prova dos clássicos. Um navegador regressar 40 anos depois, aos 80 anos de idade e com um carro com que ele mesmo participou na prova, seria suficiente para lhe outorgar grande destaque. E juntando como piloto um treinador de futebol reconhecido mundialmente, como é André Villas-Boas, que além de sobrinho de Pedro, é também um ex-participante no ‘Dakar’, ambos ganhariam um destaque ao nível dos protagonistas da corrida principal, como Al-Attiyah, Sainz, Loeb e Peterhansel.
O que fazer para encomenda a revista Todo Terreno?
Recordamos que a revista Todo Terreno é vendida por encomenda prévia, com entrega personalizada, em mão, por mensageiro, através dos serviços da Vasp Expresso. Cada exemplar tem 132 páginas no formato 23 x 31 cm, impressas em papel de elevada qualidade, como se fosse um livro. Custa 12,50€, incluindo já os portes de envio por mensageiro. Para encomendar, deverá ordenar uma transferência neste valor para a conta da Evasão Edições e Publicações, com o NIB 0033.0000.0001.4834.3546.1; com o envio do comprovativo de pagamento, receberá a sua revista na morada que nos indicar (e acrescente o telefone de contacto, para o mensageiro poder ligar, se necessário).
Texto: Alexandre Correia Fotos: Gustavo Morais