Hoje celebra-se o Dia Mundial do Livro. E reservamos para este dia tão especial uma notícia que já estava preparada há algumas semanas: esgotada a primeira edição do “Diário de Bordo”, vem aí segunda edição com guia de Lisboa a Bissau! O livro revela o que encontramos no caminho, África abaixo; mais do que recordar os cenários da Expedição Peugeot 3008 Lisboa-Dakar-Bissau. E o guia inédito que acrescentamos nesta segunda edição, permite planear a viagem com rigor.
Para o lançamento foi escolhida uma data simbólica. Ao mesmo tempo que arrancou a edição 2019 do Rali Dakar! Para lançar um livro de viagem em automóvel, era impossível eleger melhor cenário: o Salão Nobre da sede do Automóvel Club de Portugal. Numa sessão repleta de convidados, marcaram presença quase todos os veteranos portugueses do “Dakar”.
Na mesa de honra, entre o autor do livro, Alexandre Correia, e o Presidente do ACP, Carlos Barbosa, esteve Manuel Romão de Sousa; foi o primeiro navegador de José Megre no Rali Paris-Dakar, acompanhando-o na participação de estreia. Carlos Barbosa foi o último dos cinco navegadores de Megre no “Dakar”. Seguiu com o veterano organizador, em 1988, em missão de observação para a Federação Internacional do Automóvel. Megre já não está entre nós e Barbosa é hoje um dos dirigentes da FIA. A rota do último Rali Dakar africano é recordada no “Diário de Bordo”. Isso encarregou-se de homenagear não só Megre, como todos os veteranos.
Diário de Bordo esgotou em três meses!
Apenas uma semana depois da sessão no ACP, o Diário de Bordo da Expedição Peugeot 3008 Lisboa-Dakar-Bissau foi tema de novo encontro. Também em Lisboa, mas no auditório da Restart-Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias. E de novo com a lotação da sala esgotada, para assistir a um debate moderado por Manuel Romão de Sousa.
No palco da Restart, os oradores foram Alexandre Correia, que falou do livro e das suas viagens, juntamente com Elisabete Jacinto e Paulo Calisto. A piloto portuguesa tinha acabado de vencer o África Race, na mesma rota que o “Diário de Bordo” descreve. E Calisto, o autor destas fotos, falou de algumas aventuras em viagens incontáveis por todo o mundo; juntamente com Alexandre Correia.
Para a terceira sessão, regressámos ao Automóvel Club de Portugal, mas desta feita no Porto. A sala de leitura da Delegação Regional Norte do ACP também foi pequena para receber todos os convidados. Durante um par de horas, o convívio foi intenso. E o ponto alto foi a apresentação feita por António Catarino, um dos mais conceituados jornalistas de automobilismo; além de reputado gastrónomo.
Digressão com algumas surpresas…
Esta digressão de apresentações do Diário de Bordo da Expedição Lisboa-Dakar-Bissau levou-nos ainda mais cinco locais. Dois deles foram bibliotecas municipais; primeiro em Caldas da Rainha, onde a apresentação voltou a estar a cargo de Manuel Romão de Sousa. Depois, em Celorico de Basto, no Auditório Professor Marcelo Rebelo de Sousa; neste caso, perante uma sala enorme, repleta de aventureiros. Eram os participantes no 5º Raid às Camélias, acção da Emotions. Dirigida por Tiago Almeida, esta é uma organização ainda jovem, mas promete dar que falar!
Seguiu-se uma sessão nos arredores de Abrantes. Foi no salão da Junta de Freguesia do Pêgo, por iniciativa do Clube Aventura Motorizado do Pêgo. Uma vez mais, a sala encheu-se. De leitores, de amigos e de entusiastas. Também lá esteve um veterano do Rali Dakar. Victor Jesus, o actual Campeão Nacional de TT, que alinhou algumas vezes no “Dakar”; algumas delas ao lado de Carlos Sousa!
Rui Gonçalves, do CAMP foi o anfitrião de uma tarde que se prolongou até tarde, na noite. E a apresentação esteve a cargo de um leitor que se tornou um grande amigo da Todo Terreno. Luís de Matos, ou não fosse também de Abrantes e um grande viajante. Foi conversar até fartar…
Já com a primeira edição praticamente esgotada, fomos ainda a duas sessões seguidas, em Alcoentre e Rio Maior. Na primeira, falámos de aventuras e viagens perante uma sala cheia de reclusos; no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus. Foi a sessão mais sensível. Porque parece uma ofensa falar de viagens a quem não poderá senão sonhar com isso. Mas o interesse com que a sessão foi acompanhada demonstrou que ninguém se sentiu melindrado. E contaram-nos que isso foi tema de conversa, durante vários dias.
A encerrar estas sessões, a sala da biblioteca da Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira. Em Rio Maior. Com a plateia mais jovem de todas as sessões, o interesse não foi menos reduzido. E quando a campainha tocou para a saída, foi incrível ver que muitos alunos resistiram ao apelo do bar. Em vez de atravessarem o átrio, permaneceram na sala, a colocar questões e esclarecer dúvidas. Ficou prometido um exemplar para a biblioteca desta escola. Será o primeiro da segunda edição!